Letra de 'Criança' de Alkamuzy

Agradeço, mais um novo dia
No velho mundo degradante
Povo formiga
Político elefante
De oeste ao leste
Do sul ao norte
A verdadeira sorte
Tem quem confunde com a morte
Desespero e desrespeito
Impera

Se impõem o amor
Fazendo a guerra
Ambição e ganancia
Se triplicam a cada nova era
Cada vez que você pisca buumm
Já era

Você perdeu, nem viu
Mesmo vomitando verdades
Vão dizer que você mentiu
Brasil avião
Mayday, mayday
A mais de 500 anos em pane
Televisão recheada
Com pastor business e silicone

A verdade aqui não mais se encontra
Mas se quiser é vendida
No 171 canal de compras
Podendo parcelar em até
Seiscentos e sessenta e seis vezes no cartão
Mas pense bem
O juros que cobram
São nossas crianças
Em prestação!

Eu fui chamado sim

Eu fui chamado sim
Não ignorei e vim
O som longe do fim

Não fiquei pra trás não
A guerra é sempre em vão
Eu ofereço a paz então
Eu ofereço a paz então

Vem se prepare
Introdução vai atiçando
Mente atenda
Enfurecida e fumaçando

Sintonizado
Em tudo que tá rolando
Se segura
To apenas começando

Sou verdadeiro e represento
Nosso mundo inteiro
Um descendente mandingueiro
Vezes encrenqueiro
Voando baixo
Maloqueiro
Sei que ela gosta!
Bem vindo ao jogo, desafio
Faça sua aposta!

Corro junto com os batuqueiro!
Rolê corriqueiro
Macumbeiro, muambeiro
Orgulho brasileiro!

Eu fui chamado, vim sem medo
Tudo muda agora
Já tava passando da hora
Abre roda, vambora

Vocalista idealista
O preconceito chora
Licença senhor e senhora
É pra vossa melhora

Se incomodo por favor
Peço que saia fora
Não adianta, pé na bunda
Sim eu mando embora

O meu respeito
Tem aquele que merece
Sei quem é quem
Quem me agrada ou aborrece

Minha memória é boa
Só o que eu quero ela esquece
Lembro corrupção
E a TV que emburrece

Corrente só quebra
Quando um elo enfraquece
Na guerra só tem arma
Por que existe quem fornece

Difícil é ver
A miséria que empobrece
E mais difícil
É ver corrupção que enriquece

Realidade triste
Uma norma estabelece
Criança vulnerável
E a droga que entorpece

Eu até choro
Coração duro amolece
Me sinto desarmado
A verdade transparece

Eu também quero o respeito
E quero por inteiro
Quero saber do paradeiro
Do amor brasileiro
Voando baixo
Sou guerreiro
Sem fratura exposta!
Expulso do jogo, o desafino
E toda regra imposta!

Corro longe dos fofoqueiro
E dos trambiqueiro
Politiqueiro, xavequeiro
Nojo brasileiro!

Cada real roubado
E a saúde só piora
Cada real roubado
No avanço uma demora
Cada real roubado
Subtrai a melhora
Cada real roubado
Uma criança que chora

Difícil é ver
A miséria que empobrece
E mais difícil
É ver corrupção que enriquece

Realidade triste
Uma norma estabelece
Criança vulnerável
E a droga que entorpece

Não ignoro
Verdades o Brasil merece
Eu não to desarmado
Minha denúncia esclarece