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Os crimes mais bárbaros, não vem dos salves
Vem dos que ostentam placa de vigilância na propriedade
Pra proteger alphatec, philip, a ilha particular
Fundaram a época dos gambés licenciados pra matar
O ciclo onde a barca enquadra, faz o levantamento
Pra milícia de gol, placa fria, gerar 10 sepultamentos
O toque de recolher do governo de esquerda
Criam retiro de arrasados pelos estágios da perda
O dó-ré-mi da bxp afeta a coronária
Do que implora exumação pra apurar morte arquivada
Enquanto o rap põe gelo no balde da ostentação
Alugam busão pro cortejos da solação
Militantes sagram, denunciando a injustiça seletiva
Que criminaliza, condena, dizima, população empobrecida
A síria se assustaria com 8 carros funerários
Saindo do mesmo bairro, no mesmo horário
Em uma semana os protetores dos “lords” brancos
Matam mais que a ditadura em 20 anos
(No hit estamos no charle dien) magnifico
Na real enchemos macas, baús, frigoríficos
Com sorte quando a 12 do paiol da pm engasga
Formamo a fila do sus por enxerto em plástica
Minha rima se junta ao clamor de justiça na cartolina
Pra ser outro ato de repudio contra a era das chacinas
A era contemporânea com seus rifles e tocas ninjas
Deu luz no solo segregado, a era das chacinas
Depois das 10 todo excluído, vira alvo vivo
Candidato aos clá-clá-bum e velório coletivo
O pedido do secretario de segurança é especifico
Soldados atenção! Sem testemunha e feridos
Abatam pelo cabelo, pela roupa, pela cor
Só cuidado com a laje, com cinegrafista amador
Da um vazio vê que ainda não fiz o escrito
Com o poder de evitar os enterros coletivos
Impedir que os antigos vizinhos de rua
Depois dos bum se tornem vizinhos de sepultura
Meu sonho é ver na cova clandestina com estuprador
Os pedaços decompostos de uma pá de ditador
Também queria uma comissão de verdade e justiça
Pra jugar 19 milhões de assassinos racistas
Assinaturas em condenações pelo record consumado
De autopsia na faixa etária dos 15 aos 24
Cadê a presidenta? Que chora por um universitário
Em prantos pelo favelado chacinado
Pousando a porra do helicóptero presidencial
Pra visitar sobrevivente em recuperação no hospital
Só abaixo minhas armas e deixo o combate
Com 90% das vagas, das faculdades
Enquanto a representatividade for no índice de finados
Muito eike vai ter pesadelo com o eduardo
Na era moderna iluminista pedi igualdade
Na era das chacinas pedem restos mortais pras autoridades
A era contemporânea com seus rifles e tocas ninjas
Deu luz no solo segregado, a era das chacinas
Depois das 10 todo excluído, vira alvo vivo
Candidato aos clá-clá-bum e velório coletivo
Irmão, se sair do atendado da elite com vida
Cuida dos ferimentos em casa, não vai na clinica
Se for internado, assinou o suicídio
O plantonista liga pros vermes terminarem o serviço
Não existe, humanidade, juramento de hipócrates
Quando o choque hipovolêmico, sufoca o pobre
O avanço de nossa era, é celular com cartão de memoria
Que armazena os gygas de sumiço das capsulas predatórias
Da zoom no pm, chefe do time
Que destrói sem constrangimento a cena do crime
Colhemos as tragédias do plano de higienização
Por que nunca entramos nos comitês com granada na mão
Se pudesse bloquearia o patrimônio do governador
Pra dividir com degradados pelo terror
Como não dá, empresto a voz pra garganta silenciada
Pela 762 com rajada sequenciada
Pra mãe que enfrenta promotores, armada de foto
Que com sua luta evita outros atestados de óbito
Meu critico pode negar as traçantes do extermínio
Mas não afirmar que pertencemos a uma pátria, um hino
Se é excluído não conhecesse a democracia
Muito menos alegria representada na alegoria
Assim que a quadra receber, caixões no lugar de torcida
Se sentirá como eu, na era das chacina
A era contemporânea com seus rifles e tocas ninjas
Deu luz no solo segregado, a era das chacinas
Depois das 10 todo excluído, vira alvo vivo
Candidato aos clá-clá-bum e velório coletivo
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