Letra de 'Somos Ghostface Killah' de Família IML

IML, IML

Cachorro louco tá na vila, com a morte na mochila
Com a métrica no bolso, somos Ghostface killah
Aqui ninguém vacila, só gorila, King Kong
Tô vermelho na Saul Elkind, eu puxo o bonde
Os cara tão azul na contramão, no bonde do cifrão
De drone, sobrevoa os avião
Na missão do descarrego, o rap
É meu apego
Não vai faltar emprego, isso é serviço de preto
Meu plano de saúde foi pro espaço, meu rap chega fácil
Eles nunca verão o meu fracasso, pode esperar sentado, meu chegado
Na vila, não teve vocabulário, foi semi atropelado
O desespero toma conta do sistema, eu tenho dois diploma, eu sou mais um problema

IML, IML, IML
IML, IML, IML
IML, IML, IML
É o clã dos coiote
IML, IML, IML
IML, IML, IML
IML, IML, IML

Favela tem sopa, droga e ovo frito
É o resto de Doritos, o que te mata é uma Coca de 2 litros
Aço tá na chama do Chamyto
Bacon na academia, queima os Baconzito
O dia inteiro lendo o Pipo, Chaves e Kiko
Na mandala, eu odeio esses malditos
Ditado popular pra pular no precipício
Corda no pescoço, tira os ossos do ofício
Ponta de lança é o plano vitalício
Wingardium Leviosa, sua mãe só fala isso
Meu flow tá afiado, desafiei o grito
Prefiro ser estranho num rebanho de bonito
Falando em flow, eu ligo meu parceiro, digo, digo, digo, é aquilo, aquilo

IML, IML, IML
IML, IML, IML
IML, IML, IML
É o clã dos coiote
IML, IML, IML
IML, IML, IML
IML, IML, IML

Família IML, palavras são difíceis de expressar
A dedicação e a humildade a cercará
2020, pode acreditar, tem muita ideia, muita droga e uns malote pra pegar
Quem te ama muito, amanhã vai te odiar
Mas separa a vida ou perde pro ratatá
Eu temo é o dia que Jesus voltar, tecnologia fez o humano relaxar
Se nós voltar pro crime, a polícia vai endoidar, pode pá
E os conformado vão se conformar
Salve os bigodinhos, os bigodinhos da Bagua
Deus transforma o choro em sorriso, na maneira de pensar
Vendedor de sonhos milenar, eu mudo a direção, mas não mudo a decisão de chegar lá
Eu mecho com o destino sem brincar
Somos otimistas incansavelmente, tem que trabalhar
Não tenho medo de caminhar
E quem riu de nós, no final irá chorar
Diante do inferno, os braços não vou cruzar
O importante é nos sonhos sempre acreditar
rap temporário eu não vou criar, a ideologia é a mesma e sempre permanecerá
Back Woods no gelado, é só fumaça pro ar
Vingança gera vingança, e não peça pra me provar
Gueto, motivos, arquivos pra ir embora
Veja a troca de tiro, os primo, então sai fora
É muita treta-tá, nego não aguenta-tá, tiros na reta-tá, sangue na pista-tá
A violência urbana, uns morrem, outros em cana
Ignorância inflama, uns correm, outros sacana
Armas e drogas, assim é o mundo do cão
Poucas histórias, jão, não caguetar o irmão
Os beco, tráfico, dependência dispara
Droga é mato, uma pá de mina, uma pá de cara
Junto e misturado, tumulto no mesmo barco
É muito malaco, vulto, o verbo, o rasgo
Um mistério imperito novo e tempo velho
Tempo, castelo, intenso, verso, critério
Da raiz ao raio X, a paz aqui, vários que diz
Da matriz, esqueceu do X, e jaz, o poder, a paz

IML, IML, IML
IML, IML, IML
IML, IML, IML
É o clã dos coiote
IML, IML, IML
IML, IML, IML
IML, IML, IML

E na esquina tem fumaça, barulho, função
Mais um plano bolado, essa é a hora, né não?
No gueto, a resistência pensa a revolução
Manifesto é sério, a indignação
Conflitos, feridos, heróis ou bandidos
Opiniões dividindo a voz do excluído
Mente firme é preciso, inimigo vem sorrindo
Arrastar no circuito, a noite é um perigo
Maldade, insanidade pelos becos e vielas
Luxuria, ostentação, que se pá, deixa sequela
Pra tia da favela que ajoelha, pede espera
Paz, justiça e liberdade, pelo amor aqui na terra

IML, o clã prossegue
Diretamente de Londrina city
Tamo no jogo
Paraná, pés e punhos vermelhos
Paraná para jogar
É o rap operante, rapaz
Tamo junto, é isso memo