Letra de ' Respeita (part. Djonga) ' de Jorge Aragão

Quem foi que falou que eu não sou um moleque atrevido?
Ganhei minha fama de bamba nos sambas de roda
Fico feliz em saber o que fiz pela música, faça o favor
Respeite quem pode chegar onde a gente chegou

Também somos linha de frente de toda essa história
Nós somos do tempo do samba sem grana, sem glória
Não se discute talento, mas seu argumento, me faça o favor
Respeite quem pode chegar onde a gente chegou

E a gente chegou muito bem, sem desmerecer a ninguém
Enfrentando no peito um certo preconceito e muito desdém
Hoje em dia é fácil dizer que essa música é nossa raiz
Tá chovendo de gente que fala de samba e nem sabe o que diz

Por isso vê lá onde pisa, respeite a camisa que a gente suou
Respeite quem pode chegar onde a gente chegou
E quando pisar no terreiro procure primeiro saber quem eu sou
Respeite quem pode chegar aonde a gente chegou

De respeite quem pôde
À respeite quem pode
Do giro do LP à tela do iPod
Duvido que tu pare em pé
Com as linhas de Djonga
Cercado e protegido
Com as armas de Jorge

Tentaram me por na fôrma
E eu não coube no molde
Disseram que eu ia ficar pelo caminho
E pode crê que tudo que eu falava
Era verdade
'Nois' é do tipo que ladra só que também morde

Com uma coroa de rei e não coroa de flores
A cintura é ignorante mano e não é de coudre
É o novo cinto da Gucci que eu comprei pra mim
Sem olhar o preço, eu só escolhi as cores

Quem desacredita, eu juro, é o que mantém de pé
Marcas do passado deixam um clima quente e fé
Aprendi com os ancestrais: Dois ouvidos e uma boca
Tipo onde você for, mano, pra mim já é

Por isso vê lá onde pisa
Respeite a camisa que a gente suou
Respeite quem pôde chegar onde a gente chegou

E quando pisar no terreiro
Procure primeiro saber quem eu sou

Respeite quem pôde chegar onde o vovô chegou (2x)
Respeite quem pôde chegar onde a gente chegou

Respeite quem pôde chegar onde o Djonga chegou