Letra de ' Silêncio (Armadilha) ' de Léo Martins

No silêncio eu falo mas nas nas palavras da negação eu escuto
Ser atormentando pela eternidade
Ser rejeitado pela sociedade
Ser julgado por falsos deuses
Com notas soltas e versos perdidos, busco a melodia que nunca se revelou
Perdi-me em caminhos sem fim, mas o que eu busco ainda não encontrei

Nada pode alimentar uma fonte de tristeza
As lágrimas caem, mas a dor não cessa
Procuro luz em meio à escuridão
Mas o vazio ecoa no meu coração
Cada sonho desfeito é um passo em vão
Nessa jornada solitária, só resta a canção
E mesmo que a esperança pareça distante
A alma resiste, embora o tempo seja errante
Errando caminhos a procura de objetos sem valor
Olhando o destino sem prestígio e com dor
Levar flores ao velório é só um gesto em vão
Pois na ausência do amor, não há consolo na razão
Nas sombras da dúvida, segredos a esconder
Palavras entrelaçadas, difíceis de entender
Um mundo sem espelhos, onde a verdade se esvai
Falta de transparência, um labirinto que não sai
Olhares disfarçados, promessas a flutuar
Nessa dança de máscaras, quem pode confiar?

Desvendando ilusões, busco clareza em vão
Mas a névoa da mentira encobre o coração
Caminhando na sombra, sem direção
Perdido em escolhas, que trazem solidão
O tempo passa, e eu só vejo o erro
Na busca do certo, me prendo ao desespero
Palavras vazias, promessas no ar
Buscando respostas que não sei onde achar
Olho pra trás e vejo o que não fiz
Na correria do mundo, o silêncio é um aviso
Ah, falta de sabedoria, Um coração que não aprende
Cai na mesma armadilha, Enquanto a vida se despende
E se eu parar pra escutar, O sussurro da verdade
Talvez eu possa encontrar, O caminho da serenidade

Palavras erradas ao buscar a verdade
Sentidos confusos a entender a vaidade
No silencioso tempo escuto a solidão
A alma vaga pedindo socorro e sem direção
Tortura psicológica a ouvir os próprios pensamentos
Buscando um abrigo pra alguém me escutar
Não tenho amigos pra contar isso
Ninguém se importa
Portas fechadas e sonho interrompido é apenas o início do fim
No final apenas ficarão as memórias resolvidas
As lâmpadas apagadas são apenas um sinal de alerta da vida

No final ficarão apenas os doentes de alma
Na calma de não se atirar no chão
Pedras no caminho Terremotos de emoção
Talento dividido Em curta duração
Caminhei por caminhos escuros, sem direção
Perdi minha alma no vento da solidão
Ficou para trás, sem rumo, sem chão
E enquanto o tempo passa, sinto a dor
De um vazio profundo que não tem cor
Olhei para o espelho, não reconheci o olhar
Reflexos de um ser que se deixou desviar
A essência se desfez, como areia ao vento
E eu me pergunto, onde está o sentimento?

Quando o Sol se esconder e a noite enfim chegar
No fim da vida, sozinho vou ficar
Os ecos do passado vão se dissipar
E eu, só eu, estarei a me recordar
No final a única pessoa que te acompanhará é você mesma até o fim
No final ficarão só resta você e sua consciência
Atitudes para não cair no esquecimento eterno
Não tenho amigos pra contar isso
Ninguém se importa
Portas fechadas e sonho interrompido é apenas o início do fim