Letra de ' Lampejo da Encruza (part. Edgar) ' de Luana Flores

Calejo mas não sinto medo
Atravesso minha retina
Não me deixo delirar
Quero ir sentindo as pedras
Cada vez que eu pisar

Calejo mas não sinto medo
Calejo mas não sinto medo

Sendo fora do padrão
Quando se é sapatão
E o mundo não quer enxergar
Bate de frente no meu corre
Mas o meu santo forte
Não me deixa fracassar

Calejo mas não sinto medo
Calejo mas não sinto medo

É o tempo que escolhe
Essa vida repentina
De toda vida que escorre Nas mãos da tua rotina
A gente dança e pisa forte Espanta se for maligna
O poder do meu tambor Libera serotonina
Nos lampejo da esquina
Os corre dessa menina
Essa vida repentina
Muita história pra contar
Os dedo
Os patim nem mete medo
Que eu sou cria de lajedo
Oxe venha me aperriar

Inhame com cará
Macaxeira e farinha
Carimã e a maniva
Alimentam meu lugar

Meu facão é minha rima
Ceifo o mal pra respirar
Nos lampejo da encruza
O agoro espantar

É o tempo que escolhe
Essa vida repentina
De toda vida que escorre
Nas mãos da tua rotina
A gente dança e pisa forte
Espanta se for maligna
O poder do meu tambor
Libera serotonina

É o Nordeste futurista
Nossa alucinação
No nordeste sapatão
Existir na luz do dia
Repeitando a cantoria
Envocando essa ciência
Construir nossa existência
Pro futuro ocupar

É o tempo que escolhe
Essa vida repentina
De toda vida que escorre
Nas mãos da tua rotina
A gente dança e pisa forte
Espanta se for maligna
O poder do meu tambor
Libera serotonina

Calejo mas não sinto medo