Letra de 'Curupira' de Raro

Eu não vou mais voltar
Yeah

O caminho para a paz até que cansa
Mas não é as armas do exército nas rampas
O curupira come e corre igual criança
Mas se hoje for o teu dia, o teu crânio ele arranca
O caminho para a paz até que cansa
Mas não é as armas dos exércitos nas rampas
O curupira come e corre igual criança
Mas se hoje for o teu dia, o teu crânio ele arranca

Arrasto a escopeta no sangue do asfalto
Eu passo bem calmo como as nuvens de olhares
As fases são teias de aranha para quem mósca
Eu passo bem calmo, igual quando eu passava brait
Mas eu tava feliz ou tristeza é o meu fetiche?
Eu passo a pensar que eu fumei bem uns 20 quilos
Mas nem tô cansado como esses cara falido
Eu passo tão fácil e não é nada contra os gordinhos
Porque vazio por dentro é pior que o próprio deserto
E o cego nunca vai enxergar se ele tá sozinho
De perto, pra mim toda pureza é de verdade
De longe que eu enxergo melhor quem é de mentira
Talvez aquela noite a bruxa também dormia
Eu passo a pensar em cada sonho interrompido
Trombetas e tiros
Dormimos ao som de tiro
Eu passo a noite toda acordado com esses gatilhos

O caminho para a paz até que cansa
Mas não é as marmas do exército nas rampas
O curupira come e corre igual criança
Mas se hoje for teu dia o teu crânio ele arranca
O caminho para a paz até que cança
Mas não é as arma dos exércitos nas rampas
O curupira come e corre igual criança

Não se entregando ele luta sem baixar o escudo
Como se a alma fosse uma adaga capas de perfurar tudo
Loucos de consumo, louco parece ser bem maior
Aos poucos queimando os corpos e o amor se tornando pó
A luta é constante, a calma de monge
E a vida, uma só
E a cada instante morre um traficante e nasce outro pior
Choros e lutos soam como trilha do dilúvio
E você dá seus pulos não importa a altura do muro
O mundo nunca foi justo pra quem acha que sabe tudo
E eu passo as perguntas marcando o pouco que estudo
Questionamentos mata, talvez feliz é burro
Eu passo o ano todo tentando esquecer essas merdas

O caminho para a paz até que cansa
Mas não é as armas do exército nas rampa
O curupira come e corre, igual criança
Mas se hoje for teu dia
O teu cranio ele arranca!