Letra de ' Mundo Confuso ' de Turma do Bairro

Uns com um terço um na mão, outros com nem um terço da sorte
É uma questão de fé e da mão que te dá suporte
Acreditar no que não se vê: Seu passaporte
A morte do leão diário te faz mais forte
Tem que saber ouvir pra ficar longe dos trote
Dois tiros, sirene, farda, encoste
Longe disso, agregue, lute, conforte

De boa conduta em qualquer lugar
Transforme a vontade de sumir, em vontade de vencer
Tem que saber se corrigir, olhar pra dentro de você
Não se confundir que pra ser, você tem que ter
Ilusão, pretensão! Onde está sua riqueza, está também seu coração
Vejo o mundo sucumbir, as tiazinha na labuta
Olhos surdos que enxergam e cegos que só escutam
Todos na sobrevivência atrás do dim que traz disputa, luta!

Não acaba não, mundão! Me dá um tempo só pra respiração
Quanto amor cabe em um coração?!
Às vezes tudo fica assim, né não?
Não acaba não, mundão! Me dá um tempo só pra respiração
Quanto amor cabe em um coração?!
Às vezes tudo fica assim, né?!
Tô me fudendo, caminhando com os pés doendo
Fazendo acontecer, dei minha vida e sigo vivendo

Querendo mostrar pro mundo que posso ter meu valor
Metendo as caras! Sangrando, atirando, estancando a dor
Nem tô nessa batalha por ego, divertimento
Tô vendo os dias passando, matando e também morrendo
Faz tempo que tô na arena fazendo valer a pena
Não quero miojo puro, nem palha de aço na antena
Planejo coisa melhor, farejo o que é bom pra mim

Trampando em prol do meu sonho, tentando fazer um dim
Sozinho como tom hanks perdido naquela ilha
Sou lobo que vaga só, fudido sem sua matilha.
Tu tem inimigo? Tem! Se não tem, vê se não arranja
Não vale queimar cartucho, dom quixote de la mancha!
Tu tem inimigo? Tem! Se não tem, vê se não arranja
Não vale queimar cartucho, dom quixote de la mancha!

Não acaba não, mundão! Me dá um tempo só pra respiração
Quanto amor cabe em um coração?!
Às vezes tudo fica assim, né não?
Não acaba não, mundão! Me dá um tempo só pra respiração
Quanto amor cabe em um coração?!
Às vezes tudo fica assim, né?!
Mundo confuso, mano! Mundo confuso
É só a extensão de terra, nós n’é o centro desse mundo

Ser humano egoísta acha que é evoluído
Evoluímos para o nada, geração de primitivos
Ninguém entende nada, suprimiram a idéia
Uma pá conectada nessa babylon moderna
Vivi, vi e viajei só, só mais, mais
Mas nós unidos “pode” muito mais
Ideologia mutável, imutável não prospera
Nego vem falar de paz, mas, na real, só quer a guerra

Ideologia é minha maria, minha filha, meu tesouro
Por você mato ou morro, mas não corro
Não força demais pra não quebrar a porcelana
Não sabe o enredo? Fica de canto nessa trama
Vish! Prest’enção, fia!
Dar murro em ponta de faca é falta de sabedoria
Não acaba não, mundão! Me dá um tempo só pra respiração
Quanto amor cabe em um coração?!
Às vezes tudo fica assim, né não?
Não acaba não, mundão! Me dá um tempo só pra respiração
Quanto amor cabe em um coração?!
Às vezes tudo fica assim, né?!