Letra de 'Intérprete' de Faíska

Eu já não sei se vale a pena tá
Perto de quem cê tem que aturar, e quer que se foda
Mexe com ela que ele vai matá!
E quando escuta o ronco da hornet
Ela se molha toda
Eu já não sei se vale a pena
Um brinde pra vitória e pra coisa que eu ainda não sei
Ascenderam o estopim encurtou o pavio, tio
E um único tripulante é capaz de afundar o navio

Do jeito que eles fala de puta, droga e vadia
Parece até que vieram encarnado como abadia
Finge legal que sua conta não tá vazia
E a mina tomando hormônio mais que os frango da sadia
A um tempo atrás, eu dei um tempo na cachaça
Uns perguntaram se eu tava doente, deu pra ter noção?
Não vou ser hipócrita, e dizer que nunca mais
Só que doente é quem tá preso e idolatra essa escravidão
Lavagem cerebral não me dei conta, tava acontecendo
Ia me deitar levantava e sempre tava anoitecendo
(Sem saber) algo que me obrigava eu tava obedecendo
Tinha algo bem melhor no universo amadurecendo
Trampando igual camelo no deserto, eu quero resultado
O progresso? Eu mesmo que atrasei lá por ter relutado
Só o zero que equivale a nada, nunca é dividido
E aqui nada é tão bom que não possa ser melhorado, vai

Eu já não sei se vale a pena tá
Perto de quem cê tem que aturar, e quer que se foda
Mexe com ela que ele vai matá!
E quando escuta o ronco da hornet
Ela se molha toda
Eu já não sei se vale a pena, tei!
Um brinde pra vitória e pra coisa que eu ainda não sei
Ascenderam o estopim encurtou o pavio, tio
E um único tripulante é capaz de afundar o navio

Patrick Horla
Na rua igual silent
O show num é reality
A mente é satélite
Patrick é intérprete, carro chefe sem vallet

Sem tapete vermelho scarlet
Vida de improviso igual pallet
Revele-se
Prefiro minha hélice que seu drone no tablet

Quem não conhece as regras
Por autenticidade as quebra
Hoje eu tô light
Com peso do péricles, te esmagando igual trident

Rima fatality, adversário é melody
Sucrilhos kellogs
Patrick num é incrédulo é só cérebro incredible
This is my talent

Faíska e fagulha essa é a dupla, só música adulta
Sem limite ou multa enquanto o país tá parado na dutra
Chupa que chupa, chupa que chupa o dedo sem unha, sua filha da puta
Não falo de mina, eu falo de culpa, numa vida tão curta

Na ditadura a censura, hoje tem rap graças a essa luta
Nóis fala muitas (nóis fala muitas), nóis é a ducha da água mais suja
Prende carbura, fuma da pura, mas na onda faz porra nenhuma
Nóis fez mais uma, consciente-maluca